terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Castelão censurado ontem e hoje.


Por José Manuel Barbosa

Em 7 de janeiro de 1950  morre Castelão. Faz hoje 63 anos da sua morte.

Finalizada a Guerra de 1936-39, vieram anos de escuridão, tristeza, medo, repressão, falta de liberdade e mesmo de censura política exercida por todo o Estado, incluída a Galiza.

Perante a morte de Castelão, o dia 7, a censura do regime franquista em Espanha fez com que os jornais recebessem a seguinte consigna enviada pela "Dirección General de Prensa" a todos os jornais espanhóis o dia 8 de janeiro, uma vez que aconteceu o óbito do galeguista:



"Habiendo fallecido en Buenos Aires el político republicano y separatista gallego Alfonso Rodríguez Castelao se advierte lo siguiente:


La noticia de su muerte se dará en páginas interiores y a una columna.


Caso de insertar fotografía, esta no deberá ser de ningún acto político.


Se elogiarán únicamente del fallecido sus características de humorista, literato y caricaturista.


Se podrá destacar su personalidad política, siempre y cuando se mencione que aquella fue errada y que se espera de la misericordia de Dios el perdón de sus pecados.


De su actividad literaria y artística no se hará mención alguna del libro “Sempre en Galiza” ni de los álbumes de dibujos de la guerra civil.


Cualquier omisión de estas instrucciones dará lugar al correspondiente expediente.".


A dia de hoje, os herdeiros dos que deram esta ordem entregam cada ano as Medalhas de Galiza com o nome de Castelão
Não há muito que acrescentar, só que na Galiza de hoje achamos em falta uma figura da inteligência e da talha política do rianjeiro. Se ele estivesse presente a dia de hoje, a Galiza seria mais Galiza e seria menos dependente das linhas diretrizes absurdas, inadequadas e agressivas que desde Madrid se indicam e se executam em detrimento do nosso País. 



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